segunda-feira, 1 de março de 2010

Conhecimento Explícito da Língua II

 
O conhecimento explícito da língua é pré-condição de sucesso na aprendizagem dos géneros formais e públicos do oral, na aprendizagem da leitura e na aprendizagem da escrita.
(Brochura O conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Linguística p.10)



Na passada quarta feira tivemos mais uma visita da minha formadora do PNEP. A actividade  tinha como objectivo distinguir adjectivos.
Apresentei a história “ O seu a seu a seu dono” extraído do “Livro com cheiro a chocolate “ de Alice Vieira.  Após a audição da história, os alunos preencheram uma ficha em que deviam identificar as personagens e outros nomes que tivessem aparecido na história.  Em seguida foram apresentadas, uma de cada vez, imagens de duas personagens e de dois nomes comuns que apareciam na história. Solicitei às crianças que se lembrassem das qualidades que, na história, lhes eram atribuídas. Convidei depois as crianças a pensarem noutras qualidades para lhes serem atribuídas. Os alunos conseguiram listar, no quadro, cinquenta e sete qualidades para as quatro imagens. Fizeram o respectivo registo das qualidades atribuídas na história e de outros sugeridos pelos alunos, em ficha individual e ainda realizaram a leitura expressiva dos novos adjectivos/qualidades listados para cada um dos nomes.  Na actividade seguinte preencheram uma ficha de compreensão do oral em que as lacunas do texto, que resumia a história, deviam ser preenchidas com as qualidades sugeridas e que se encontravam numa caixa por cima do texto.  
Mais tarde, os alunos ordenaram e colaram as qualidades por ordem alfabética na respectiva casa, colocada no placard da sala. Como a quantidade de palavras era grande, fiz a distribuição das mesmas pelos alunos e fui-lhes pedindo se levantassem e segurassem as palavras cujo grafema inicial eu solicitava, virando as palavras para os colegas a fim de as ordenarem alfabeticamente. Ao mesmo tempo realizaram o registo das qualidades  numa folha individual que irá integrar uma  gramática, que já começou a ser compilada quando se fez o estudo dos nomes, e que irá sendo construída ao longo do ano lectivo. No final quiseram saber o que iriam escrever no telhado da “casinha das qualidades” pois já sabiam que era “outra classe de palavras” e  que esta deveria ter um outro nome diferente da casinha que tinha a classe dos nomes. Foi então colada uma tira de papel no telhado da casa com o respectivo nome da classe de palavras estudadas. Fizeram o registo na folha da "gramática individual".

 

 
Esta aula permitiu verificar que o conhecimento explícito da língua se adquire mais facilmente através da inferência realizada pelos alunos do que através do conhecimento prévio da regra, seguida de exercícios de sistematização.
 

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