domingo, 4 de julho de 2010

A Camila apresenta a futura biblioteca

No dia 21 de Abril a Camila veio até à nossa escola falar-nos de uma pequena biblioteca que está a começar a "nascer" na nossa escola. Foi com muita alegria que ficamos a saber que vamos ter mais livros de histórias disponíveis e que estes vão estar ainda mais perto de nós.
O Professor Carlos veio acompanhado pela Camila, apresentou-nos as futuras instalações da nova biblioteca e explicou, através de um PowerPoint, para que serve e como vai funcionar o novo espaço.


Nesse PowerPoint, o jornalista Camilo faz uma entrevista à Camila e assim ficamos a saber tudo sobre a futura Biblioteca. Depois os alunos fizeram um jogo para aprenderem como se procuram livros numa biblioteca. Foi uma actividade muito interessante!



Os alunos, depois de observarem o livro que o Professor Carlos mostrava, tinham que adivinhar em que secção da Biblioteca se poderá encontrar. Os meninos portaram-se muito bem!



sábado, 3 de julho de 2010

Viva o Peixinho!

Viva o Peixinho é um livro encantador onde desfilam um após outro, cardumes de peixes – um verdadeiro mar de cores e rimas.
«Viva e exuberante, cada página é uma belíssima composição. Viva Lucy Cousins!» The Sunday Times

Todos gostaram deste texto poético que serviu de ponto de partida para mais uma actividade de caça ao erro, para falar do amor entre mães e filhos, de formas e de cores.....




Fizemos umas fichas que aqui deixo para partilhar. A metodologia usada foi aquela que já descrevi numa aula do conhecimento explícito da língua: dimensão gráfica e ortográfica.


Histórias propostas pelo Bruno I

O Bruno é um menino que tem a sorte de ter muitos livros infantis. Costuma partilhar com a professora e com os colegas histórias de que gosta.
Deixo aqui uma das suas sugestões e a actividade que desenvolvemos. 


Hipólito é um hipopótamo filantropo que andava triste por pensar que filantropo era um insulto que os seus amigos da selva lhe dirigiam. Mas descobriu que, afinal, isso era um grande elogio!

terça-feira, 30 de março de 2010

A Camila, a Primavera e a Poesia

A Camila anda muito feliz com a chegada da Primavera!
No dia 24 de Março a Camila chegou à nossa sala para falar de poesia e da Primavera. Trouxe-nos a história "Frederico", um ratinho poeta.



Quando chega o Inverno, comprova-se que o trabalho poético deste pequeno rato era diferente das tarefas desempenhadas pelos demais, mas passa a ser imprescindível para que todos os ratos consigam ultrapassar a crueza desta estação. Assim, neste texto, Frederico é aceite tal como é, e não lhe acontece o mesmo que à desgraçada cigarra da fábula. Em “Frederico”, o autor reformula a fábula da cigarra e da formiga, alterando o seu significado moral e aprofundando o seu conteúdo sem perder a simplicidade, de modo a que qualquer um de nós possa entendê-la. Um dos grandes temas da história é a individualidade, a descoberta e a aceitação da identidade própria: Frederico é poeta e demonstra que, à sua maneira, também contribui para o grupo. O livro apresenta-nos o artista, não como um ser auto-marginalizado ou rejeitado, mas como uma pessoa necessária às demais. Perante o valor do trabalho, Frederico recorda aos leitores a necessidade de nos alimentarmos de outras coisas para além de palhas ou nozes. Mas vai mais além. Para muitos, Frederico poderá parecer egoísta, mas o egoísmo do protagonista é simplesmente a fidelidade a si próprio. Os seus companheiros, longe de recriminá-lo, deixam-no meditar, respeitam a sua introspecção e sentem verdadeira curiosidade pelo seu mundo, ao qual, finalmente, acabarão por agradecer. 
Com a sua história, Lionni parece transmitir às crianças a importância da liberdade individual: os leitores sentem-se amparados, pois sabem que os ratos respeitam a individualidade de Frederico, o que satisfaz até o leitor mais inseguro. É como se lhe dissesse que cada um pode ser o que deseja e sê-lo sem receio, uma vez que os outros irão entendê-lo…

Os alunos realizaram ainda poesia através de imagens, rimas com os nomes e um acróstico  sobre a Primavera.

Obrigada pela tua visita, Camila! Foi muito divertido!

Dia do Pai

No dia 19 de Março, dia do Pai, fiz a apresentação do livro "O meu Pai" de Anthony Browne. Este livro é um tributo aos pais num álbum cheio de afecto e de humor. Anthony Browne, distinguido com o prémio Hans Christian Andersen de Ilustração em 2000, alia breves frases a ilustrações muito ricas que proporcionam ao leitor uma interpretação imediata do tema. A importância da figura paternal é comunicada ao leitor através da perspectiva de uma criança que destaca as inúmeras qualidades e atributos do seu Pai. O facto de este se encontrar caracterizado por um roupão em todas as imagens, suscita um ambiente familiar informal em que a criança, através dos elementos visuais percepciona facilmente as comparações feitas. A relação entre texto e ilustrações é peculiar, visto que a expressividade das imagens permite aos leitores captarem as metáforas referidas pelo texto. Este livro é ideal para ser lido no seio familiar, podendo criar um excelente momento de cumplicidade e união entre pais e filhos.
Para recordarem ou lerem com o Pai, durante as férias da Páscoa.....

segunda-feira, 29 de março de 2010

Projecto "Semear a Leitura" II

No dia 18 de Março recebemos uma visita muito aguardada. As contadoras de histórias da Biblioteca Municipal. Mais uma vez trouxeram a sua mala cheia de surpresas muito agradáveis.
Depois de cinco semanas, desde a última visita, foi necessário relembrar o que tinha sido feito na primeira sessão.
Com o intuito de continuarem a incutir nas crianças o gosto pela leitura trouxeram até nós três livros excelentes. O primeiro foi "Oh!, escrito e ilustrado por Josse Goffin.

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Este livro é um álbum de imagens e um jogo com as expectativas das crianças. As imagens que estão incluídas nesta edição apresentam duas leituras. A primeira, logo ao virar de página, é fácil e imediatamente reconhecida. Contudo, o livro permite que cada uma das páginas se possa abrir novamente, alterando, de forma significativa, a primeira impressão do leitor/espectador. Organizado de forma sequencial – cada uma das imagens é um elemento retirado da imagem anterior – o livro surpreende o leitor, interrogando-o e promovendo o riso pela combinação de elementos insólitos, criando situações risíveis. Sem palavras, o livro promove a construção de inúmeras narrativas possíveis, dando voz à imaginação dos leitores.
O livro seguinte "A surpresa de Handa", já é nosso conhecido, pois foi explorado a nível da Matemática. Desta vez,  foi explorado apenas a nível das imagens e do texto. Aqui fica o vídeo para recordar vezes sem conta...

 

Handa prepara uma surpresa à sua amiga Akeyo - um cesto com sete deliciosas frutas. No entanto, pelo caminho, Handa passa por vários animais. As frutas têm, para eles, um ar delicioso… muito tentador. Mas quando chega junto da amiga e poisa o cesto, é Handa quem tem uma enorme surpresa!

Uma surpresa muito agradável foi guardada para o fim com a apresentação da história " Chibos sabichões". 

Três chibos sabichões que viviam no alto de uma montanha. Um dia, viram uma erva muito verde, mas para lá chegar tinham que atravessar uma ponte e debaixo dela vivia um monstro terrível.... E como foi preciso serem inteligentes para atravessarem a ponte, sãos e salvos!

Mas fantástico foi podermos ouvir a história e, ao mesmo tempo ver as personagens aos pulinhos  num tapete especialmente criado com o local onde se passa a história. Este tapete fez as delícias de todos nós! Parabéns às contadoras de histórias  da Biblioteca Municipal, pela criatividade, empenho e capacidade de nos surpreenderem. Foi delicioso assistir ao encantamento que proporcionaram aos alunos.

domingo, 28 de março de 2010

A dimensão gráfica e ortográfica no Ensino da Escrita


A escrita é uma actividade com uma complexa dimensão neurológica que controla a
aquisição e o desenvolvimento de competências de processamento cognitivo e de
competências motoras.
(Adriana Baptista, Fernanda Viana, Luís Barbeiro )

  No dia 16 de Março as crianças receberam a visita da minha formadora para mais uma aula assistida. O tema escolhido para actividade foi a Caça ao Erro. Apresentei o texto poético “O mar” de Luísa Ducla Soares onde coloquei doze erros ortográficos. Convidei os alunos a lerem com atenção o texto para de seguida encarnarem o papel de detectives a fim de descobrirem os erros ortográficos. Em seguida foi distribuída uma ficha de registo em que, numa coluna deveriam escrever a palavra de forma correcta e numa outra coluna o grupo consonântico errado, substituindo-o pelo grupo consonântico correcto. No final fizemos a correcção conjunta dos erros ortográficos e os alunos explicitaram o que estava mal e como deveria ser escrito.
Depois de escreverem o texto sem erros ortográficos e de terem feito a sua ilustração, realizaram leitura expressiva.  A última actividade consistiu em  descobrir as palavras que poderiam formar com os grafemas da palavra “golfinho”. Foi uma aula animadissima que agradou a todos! Risos e sorrisos não faltaram!
 

Conhecimento Explícito da Língua III

Depois de ter verificado que a maioria dos alunos tinham compreendido o que é um nome e um adjectivo, chegou a vez de fazer a aprendizagem do que é um verbo. A minha formadora do PNEP tinha-me emprestado um livro intitulado "O Pato Camponês". Resolvi tirar partido dele!
Este livro narra a história de um camponês que é castigado pela sua preguiça. A história ganha encanto com as ilustrações de Helen Oxenbury pois são muito expressivas, sublinhando, com algum humor, as características das personagens (incluindo os defeitos do camponês preguiçoso), as imagens reforçam o visualismo que caracteriza o texto, pormenorizando cenários e personagens intervenientes. Exprimem, ainda, o movimento e dinamismo das cenas finais, assim como recriam as variações (de luz, climatéricas, emocionais, …) que caracterizam a narrativa, mantendo a atenção dos leitores presa até ao final.
Após a apresentação da história solicitei aos alunos que identificassem a personagem principal, desenhando-a. Em seguida identificaram as personagens da história que ajudaram o pato, na resolução do seu problema.  A actividade seguinte consistiu em identificar todas as acções realizadas pelo pato para que agradasse e satisfizesse o camponês preguiçoso. Em seguida, os alunos foram convidados a imaginar outras acções que o pato poderia realizar ao longo do dia. Surgiu uma lista enorme de palavras que foram registadas na ficha individual. Para finalizar preencheram uma ficha de compreensão do oral em que as lacunas do texto, que resumia a história, deviam ser preenchidas com as acções sugeridas e que se encontravam numa caixa, por cima do texto. Na sessão seguinte, essa lista de palavras foi colada na "Casa das Acções", por ordem alfabética. 
Como a quantidade de palavras era grande, fiz a distribuição das mesmas pelos alunos e fui-lhes pedindo se levantassem e segurassem as palavras cujo grafema inicial eu solicitava, virando as palavras para os colegas a fim de as ordenarem alfabeticamente. Ao mesmo tempo realizaram o registo das qualidades  numa folha individual que irá integrar a  gramática, que já começou a ser compilada quando se fez o estudo dos nomes e dos adjectivos. No final quiseram saber o que iriam escrever no telhado da “casinha das acções” pois já sabiam que era “outra classe de palavras” e  que esta deveria ter um outro nome diferente das outras "casinhas" que estão colocadas no placard da sala. Foi então colada uma tira de papel no telhado da casa com o respectivo nome da classe de palavras estudadas. Fizeram o registo na folha da gramática individual.  
Como forma de partilhar esta actividade aqui fica a ficha e algumas fotografias.
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As crianças gostaram bastante e tenho vindo a verificar que têm tido facilidade em identificar verbos, com muita facilidade.
 

segunda-feira, 1 de março de 2010

A Camila e o Entrudo

O mês de Fevereiro é designado como o mês da Irreverência. O tema principal é o Entrudo e as máscaras por isso, a Camila, nesta sua visita,  contou-nos a história “O Carnaval dos animais”.
As crianças realizaram o "Jogo da nuvem" e o "Jogo dos mascarados". Aqui ficam alguns momentos....

 

 
Obrigada pela tua visita, Camila!

Conhecimento Explícito da Língua II

 
O conhecimento explícito da língua é pré-condição de sucesso na aprendizagem dos géneros formais e públicos do oral, na aprendizagem da leitura e na aprendizagem da escrita.
(Brochura O conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Linguística p.10)



Na passada quarta feira tivemos mais uma visita da minha formadora do PNEP. A actividade  tinha como objectivo distinguir adjectivos.
Apresentei a história “ O seu a seu a seu dono” extraído do “Livro com cheiro a chocolate “ de Alice Vieira.  Após a audição da história, os alunos preencheram uma ficha em que deviam identificar as personagens e outros nomes que tivessem aparecido na história.  Em seguida foram apresentadas, uma de cada vez, imagens de duas personagens e de dois nomes comuns que apareciam na história. Solicitei às crianças que se lembrassem das qualidades que, na história, lhes eram atribuídas. Convidei depois as crianças a pensarem noutras qualidades para lhes serem atribuídas. Os alunos conseguiram listar, no quadro, cinquenta e sete qualidades para as quatro imagens. Fizeram o respectivo registo das qualidades atribuídas na história e de outros sugeridos pelos alunos, em ficha individual e ainda realizaram a leitura expressiva dos novos adjectivos/qualidades listados para cada um dos nomes.  Na actividade seguinte preencheram uma ficha de compreensão do oral em que as lacunas do texto, que resumia a história, deviam ser preenchidas com as qualidades sugeridas e que se encontravam numa caixa por cima do texto.  
Mais tarde, os alunos ordenaram e colaram as qualidades por ordem alfabética na respectiva casa, colocada no placard da sala. Como a quantidade de palavras era grande, fiz a distribuição das mesmas pelos alunos e fui-lhes pedindo se levantassem e segurassem as palavras cujo grafema inicial eu solicitava, virando as palavras para os colegas a fim de as ordenarem alfabeticamente. Ao mesmo tempo realizaram o registo das qualidades  numa folha individual que irá integrar uma  gramática, que já começou a ser compilada quando se fez o estudo dos nomes, e que irá sendo construída ao longo do ano lectivo. No final quiseram saber o que iriam escrever no telhado da “casinha das qualidades” pois já sabiam que era “outra classe de palavras” e  que esta deveria ter um outro nome diferente da casinha que tinha a classe dos nomes. Foi então colada uma tira de papel no telhado da casa com o respectivo nome da classe de palavras estudadas. Fizeram o registo na folha da "gramática individual".

 

 
Esta aula permitiu verificar que o conhecimento explícito da língua se adquire mais facilmente através da inferência realizada pelos alunos do que através do conhecimento prévio da regra, seguida de exercícios de sistematização.
 

A importância do Conhecimento Explícito da Língua I

Na semana que findou, os meus alunos deram mais uns passos significativos na sua aprendizagem! Aprenderam a conhecer os nomes comuns, próprios e colectivos a partir da história " De camelo até Belém" retirada do "Livro com sabor a chocolate" de Alice Vieira.  A actividade consistiu em identificar as personagens da história bem como todos os outros nomes que surgiram ao longo da história e que foram escritos no quadro.
Convidei depois os alunos a tentarem agrupar as palavras pelas suas características.  Através da discussão as ideias foram-se clarificando.... Acabaram por formar três conjuntos a que foram atribuídos os respectivos nomes. Fica aqui para partilhar....


Completaram um texto com lacunas em que usaram as palavras que eram sugeridas numa caixa.


 No placard da sala de aula colamos os nomes por ordem alfabética e ficamos com uma casa que representa a classe dos nomes. Os alunos fizeram o registo numa folha que servirá para iniciar a criação de uma "gramática pessoal" que os irá acompanhar até ao final do 1º ciclo.
Foi uma aula muito animada....



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Projecto "Semear a Leitura" I

A nossa turma inscreveu-se num projecto promovido pela Biblioteca Municipal de Porto de Mós que tem como objectivo criar leitores activos, isto é semear o gosto pela leitura. Este projecto terá a duração de 2 anos.
Na quinta-feira, dia 11, recebemos a primeira visita de duas contadoras de histórias e da coordenadora da biblioteca.
Fomos surpreendidos com uma mala que apresentava o projecto. Dessa mala saiu a história "A caixa de agulhas da tia Joana". 


O livro faz uma descrição sugestiva de uma caixa de agulhas e leva o leitor a descobrir a variedade desta ferramenta que serve para coser, tricotar ou fazer renda; qual câmara de filmar, que joga ora com grandes planos, ora com planos de pormenor, o nosso olhar capta a arrumação que se vive naquela caixa vermelha, verificando que, lá dentro, há duas caixas e um saquinho, todos eles contendo agulhas. O inesperado acontece: a caixa cai no chão e tudo se espalha e mistura. Vai ser a Ana, sobrinha da tia Joana, que tudo recolhe deixando a caixa muito bem arrumada. Cumplicidades nos pequenos nadas da vida de uma menina. 
Surgiu um novelo de fio vermelho, na mão da contadora de histórias. Criou-se o mistério.... Para que serviria? Qual seria o seu significado?
 
 
A conversa sobre aquele novelo de fio vermelho levou-nos a outra história: "Ainda nada?" Era a história do senhor Luís e da sementinha que depositou na terra. “Ficarei à tua espera”, disse-lhe ele. O tempo passou e o senhor Luís foi todos os dias ver se a sua sementinha se transformava numa bela flor. Todos os dias. Mas nada acontecia. E assim, frustrado, certo dia disse: “Já estou farto! Não merece a pena voltar amanhã.” Só que, afinal, valia a pena voltar no dia seguinte. Valia muito a pena. E, por ter sido impaciente, o senhor Luís perdeu o melhor... Acabou por não chegar a ver a flor. 

 


No final da história os alunos viram semear simbolicamente a leitura. Num frasquinho  de vidro ,com algodão colocou-se uma semente que foi devidamente regada. Vamos esperar pacientemente que brote, tal como na história, lentamente...
E como por magia, aquele novelo de fio vermelho voltou a aparecer. Todos voltaram a questionar para que serviria, todos tentaram adivinhar...
Foi tecida a "teia da espera". Uma teia que permitiu que cada aluno formulasse um desejo, algo que se viesse a concretizar rapidamente. A cada desejo formulado o fio era enrolado num dedo e passado a um colega. 
No final do jogo o fio foi enrolado no novelo e surgiu o livro "Eu espero..."


Este livro é uma extraordinária metáfora da vida dada por um fio que corre, passando de página para página (desde a folha de rosto até à página final preenchida com o fio apanhado em meada), e que arrasta acontecimentos marcantes que constroem um ser na sua plena dimensão humana. Vida feita de alegrias e tristezas, mas com a espera sempre como elemento recorrente. O livro, e em particular a capa, tem o formato de um envelope com janela, de onde sai a imagem de uma criança com olhar expectante. A partir daqui os vários momentos representados articulam-se de forma solidária e mostram ao leitor que há sempre um amanhã e que vale a pena acreditar no futuro. O modo sóbrio como se representam as personagens e a profundidade da expressão do traço do ilustrador, reforçados pela omnipresença do fio vermelho da vida, tornam este livro um objecto de arte.
No final da apresentação facilmente os alunos perceberam que o novelo apresentado no início da actividade simbolizava o fio da vida e que o vermelho era a cor que ligava as três histórias. Estavam todos muito fascinados!
A próxima actividade será dentro de cinco semanas. Estou ansiosa!

Leitura orientada de um texto poético


“Ensinar a ler é, acima de tudo, ensinar explicitamente a extrair a informação contida num texto escrito, ou seja, dar às crianças as ferramentas necessárias de que precisam para que estratégica e eficazmente abordarem os textos, compreenderem o que está escrito e assim se tornarem leitores fluentes.”


(Brochura A Compreensão de textos, pp.5,6)

No dia 9 deste mês fizemos a leitura orientada de um texto poético "O fogo" de Dick Bruna, no âmbito da formação PNEP.
Comecei por fazer a exploração da capa e contracapa do livro, levando os alunos a fazerem associações de ideias entre título, imagens e cores usadas pelo autor, com a finalidade dos alunos virem a fazer uma antecipação de alguns aspectos do conteúdo do livro: tema, personagem principal, o que iria fazer essa personagem e se o texto estaria em prosa ou em verso. 


Nota: A publicação via slidshare tem qualidade. A visualização correcta, por vezes, só se obtém por download.  

Em seguida, foi feita a apresentação do autor, através das folhas de guia,  e algumas crianças acabaram por reconhecer outros livros, por ele escritos. Foi feita a leitura integral do texto poético que provocou o riso e encantamento nas crianças, devido às rimas que foram surgindo ao longo da leitura. O texto poético foi distribuído ao alunos tendo feito uma leitura colectiva, uma leitura em coro, só com os rapazes, de parte do texto poético, sendo a outra parte lida em coro pelas meninas.  Fizeram ainda leitura a pares, alternando a leitura das estrofes.


Passou-se à exploração das imagens e à clarificação de alguns vocábulos o que permitiu um fácil preenchimento de um mapa de conceitos sobre o texto. Esta é uma actividade que os alunos já realizaram em outras situações. 
 A compreensão do texto poético terminou com a distribuição das imagens do texto que foram recortadas, ordenadas e coladas junto das estrofes a elas associadas. Antes, porém, foi feita uma análise detalhada de algumas imagens para que os alunos pudessem fazer algumas inferências e assim extrair informações implícitas. Os alunos mostraram-se um pouco confusos mas acabaram por fazer as inferências necessárias. 



 Depois de colarem as imagens e de completarem as estrofes com as palavras em falta, cada criança cri ou um novo título para o texto poético e fizeram o resumo oral do texto explorado, utilizando, como guião, a sequência das imagens que tinham colado.
Foi uma actividade que me deu muito gosto preparar e, pelas reacções, os alunos também gostaram pois durante alguns dias falavam muito do cãozinho e reproduziam as estrofes que tinham decorado.
Para recordarem, sempre que quiserem, esta história experimentem ler a poesia ao mesmo tempo que vêem o filme.
Divirtam-se muito...




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Outro texto informativo....

O tema da área de projecto da nossa turma tem-os permitido aprender muitas coisas!
Depois do texto informativo sobre a água, resolvemos estudar  alguns mamíferos aquáticos. Foram escolhidos alguns daqueles animais: o golfinho, a baleia, a orca, a foca e a morsa.
Apresentei aos alunos cartazes com a informação e a foto desses animais.

Cada um dos textos foi lido pelas crianças e simultâneamente foram preenchidos mapas com as informações mais relevantes sobre cada um dos animais. 


Numa outra sessão pedi aos alunos para escolherem o mamífero aquático que mais tinham gostado de conhecer. A escolha recaiu sobre o golfinho. Fizemos a planificação do texto. Alguns alunos sugeriram frases e o texto foi surgindo. 
No final uma aluna reparou que havia algumas frases que começavam com as mesmas palavras. A revisão do texto, para superação das deficiências encontradas, foi realizada numa outra sessão.
Alguns alunos ficaram surpreendidos pela extensão do texto que foram capazes de criar.
A certa altura alguém pediu para conhecer a lontra pois também é um mamífero simpático e muito popular no Oceanário de Lisboa. Logo que foi possível a curiosidade foi satisfeita. A informação, com fotografia, foi adicionada ao placard da sala de aula, depois de lido e comentado o texto.
Tenho a sensação de que, os meus alunos,  estão a começar a desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita....



A Camila trouxe-os o tema da paz

No dia 26 de Janeiro recebemos mais uma visita da Camila. Desta vez ela vinha com um ramo de oliveira, no bico.



Trouxe-nos uma fábula que nos ensinou a ter calma, a evitar brigas com os colegas e a aprender a ouvir os outros. Assinamos, todos, um compromisso de paz depois de termos recontado a história e falado dos segredos que essa história nos ensinou. No final todas as crianças desenharam o seu momento de paz.
Obrigada, amiga Camila!

Esta actividade teve uma preparação prévia. Anteriormente tínhamos feito um cartaz com uma árvore que suporta diversos símbolos da paz adoptados em vários países do mundo. Imprimimos frases célebres sobre o tema. Muitas crianças escreveram frases sobre a paz, em cartolinas coloridas.
Lemos o livro dos Direitos das Crianças  e os alunos escolheram algumas frases do livro para ilustrarem. Este trabalho ainda não está finalizado pois a paz constrói-se todos os dias.


Deixo aqui o registo de alguns trabalhos e o sentir destes alunos... Nada foi deixado ao acaso e até as cores das cartolinas foram escolhidas pelas crianças.

 
 
  
  
  
  
  
  
  




quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O ensino da escrita

Na passada semana as crianças realizaram um texto informativo sobre a água. Começamos por fazer a evocação de conceitos aprendidos num PowerPoint sobre a água, explorado anteriormente e aqui publicado, em Outubro. Os alunos preencheram um mapa de conceitos sobre o tema.





Em seguida passamos à planificação do texto informativo, isto é, registaram o que iriam escrever e qual a ordem dos assuntos e como terminariam esse texto.



Finalmente passamos à escrita do texto colectivo. Solicitou-se às crianças que produzissem, sucessivamente, frases sobre cada uma das partes do texto a construir. As melhores frases eram escritas no quadro.  O texto foi copiado pelos alunos e no final foi escolhido um título.
Na sessão seguinte, os alunos fizeram a revisão do texto. Foi lida e analisada a introdução. Decidiram-se as melhorias a introduzir e fez-se o registo numa outra folha.  Procedeu-se da mesma forma em relação às restantes partes do texto: o desenvolvimento e a conclusão. Foi ainda discutido e alterado o título do texto.
O texto ficou bastante interessante e as crianças entusiasmadas com o produto final.
Agora só falta enviar para publicação no jornal do nosso Agrupamento!